segunda-feira, 14 de abril de 2014

Foi assim que vim parar na Bélgica!


Sempre gostei de viajar desde pequena, mas nunca tive condições financeiras para tanto quanto desejava na época. Eu queria conhecer o mundo, as pessoas, suas vidas, suas comidas, suas verdades....Ahhh, o tempo! Eterno "pregador de peças". Aprender inglês foi uma necessidade que meu pai me forneceu ainda na adolescência.

Viajava pelo Brasil com a Universidade desde 2004 em eventos por serem mais baratos, mas por já ler livros e relatos de amigos sobre "backpacking" (Mochilão), sempre quis arriscar pela América do Sul. Destino barato, vívido e diz aí, qual adolescente nunca quis? Esse sonho eu realizei na virada de 2009 para 2010 pela Bolívia, Peru e Chile, após ter terminado os meus estudos que era tudo o que tinha planejado até então. Meu próximo passo era talvez um mestrado, se encontrasse algo que me animasse (que não encontrei até agora ). Após 30 dias e pouco dinheiro durante essa viagem, minha vida mudou em várias maneiras, a mais assustadora delas e também a mais gostosa, logo eu que nunca me imaginei namorando ou apaixonada por outro alguém...que sempre me achei o "coração gelado" dos" Ursinhos Carinhosos".

Conheci um belga também "mochileiro" num albergue em San Pedro de Atacama. Desde então não nos largamos mais.

Foram 4 anos de alegrias, aprendizado, companheirismo e a desenvoltura de driblar as dificuldades de namorar a distância, de nos vermos nas férias, de sonharmos com uma vida a dois e, enfim, porque ele sempre chega, nos decidirmos: ONDE MORAR?

Foi assim que vim parar na Bélgica!

E como o tempo não para de "pregar peças", foi assim que desde 2010 meu coração se dividiu e nunca mais voltou ao original. Foi assim que eu comecei a minha profissão de criadora de pontes, a mais forte Bélgica-Brasil, mas cheia de desvios para alguns lugares que visitei, para outras pessoas que conheci, que nos permite sentir-se em casa em diferentes lugares do mundo.

Atualmente, sou estudante de Holandês, ainda mais apaixonada e voluntária do Raiz-Mirim.

Falo português, inglês, não passo mais fome nem em francês e espanhol.

Sejam bem-vindos ao meu jeito míope, torto e esquisito de ver o mundo.